quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Do sentir...


"Eu não quero ter vergonha de nada
que eu seja capaz de sentir."

(Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sobre Pais, Filhos e Monitores de Parque Inflável


Aos que não sabem (e também aos que sabem), eu trabalho com crianças desde quando eu ainda era criança! Antes com as peças de teatro, depois no Projeto Social Vagalumes e atualmente dando aulas e fazendo recreação. E eu já trabalhei com crianças de todas as idades, etnias, classes sociais e histórias de vida possíveis e imagináveis. E nesse caminho de dores e delícias eu aprendi muita coisa sobre crianças, sobre filhos, sobre pais e sobre trabalhar com crianças. É coisa difícil mas prazerosa. Elas são surpreendentes e conseguem renovar nossas energias ao mesmo tempo em que a suga por completo. O cansaço de trabalhar com crianças é um cansaço diferente... é um cansaço gostoso, que desgasta a gente mas dá prazer, satisfaz, alegra. Quando eu estou com elas eu aprendo muito mais do que aprendo quando estou cercada de adultos diplomados. Elas me ensinam a ser mais sensível com o mundo, a olhar mais prá fora, a simplificar as coisas. Já perdi as contas de quantas vezes cheguei exausta, desanimada, sonolenta e saí pulando, rindo, cantando. Eu sempre acho que me divirto com elas muito mais do que elas comigo.
Sim.. são umas pestes! Por deus... como conseguem ser tão doces e divertidas e ao mesmo tempo tão elétricas, malcriadas, difíceis de lidar! Eu demoro meia hora prá fazê-las entender que têm que formar uma fila e que não podem se jogar dos brinquedos senão vão se estabacar no chão. Tem umas que às vezes quero puxar a orelha e prender de ponta cabeça no ventilador... daí elas olham prá mim com uma cara de deboche/sapeca e caem na risada (porque eu devo mesmo ter cara de besta!rs)... e eu esqueço da bronca e me jogo com elas.
Enfim... mas tem algo que me cansa muito mais do que as crianças: os pais!
Eu sou da seguinte opinião: filho é escolha! Salve raríssimas excessões todos nós temos acesso a informação. Todo mundo sabe como se faz filho, todo mundo sabe como evitar filhos (e é coisa que temos gratuitamente no nosso precário sistema de saude), e em caso de acidentes, todo mundo sabe o que fazer no dia seguinte! Sendo assim, é escolha, e uma escolha muito séria! Escolher ter um filho não é como escolher comprar uma bolsa, nem um carro ou um apartamento. Esses ultimos a gente pode vender, trocar, abandonar caso encham demais a nossa paciência... criança não! Filho é prá sempre e ponto final... não é como brincar de boneca, nem como ter um sobrinho ou 120 alunos! Filho a gente não devolve no fim do dia. E isso a gente sabe mesmo sem sermos pais, certo!?
Tenho observado muito a relação pais-e-filhos nos trabalhos nas escolas, projetos sociais e recreações. E o que mais vejo são pais desesperados sem saberem o que fazer com as crianças; pais querendo arrumar qualquer maneira de terem os filhos distantes pelo máximo de tempo possível. Alguns alunos meus ficam o dia todo no colégio, em período integral. São crianças pequenas, na maioria, filhas de pais muito jovens.
O mais engraçado é ver como eles cobram de nós (professores e monitores) paciência, carinho e atenção com os filhos deles. E então oferecemos o melhor que podemos ser. Aguentamos as malcriações, pegamos no colo quando o choro estridente vem, olhamos nos olhos e tentamos entender os motivos, rimos com as brincadeiras, respondemos milhares de vezes a mesma pergunta, amarramos os cadarços embaraçados, cuidamos dos machucados, tocamos com cuidado prá não agredir, arrumamos os vestidos amarrotados pelo escorregador, prendemos o cabelo que desmanchou com a intensidade da baderna, falamos baixo prá poder ouví-los, nos permitimos conversas malucas sobre lápis de cores super heróis que salvam o mundo do dinossauro voador! E então o nosso tempo com eles acaba... devolvemo-os aos pais e... só o que vemos são puxões pelos braços para andarem rápido, berros e safanões, olhares esquivos muito mais preocupados com o horário da novela do que com a experiência que a criança acabou de vivenciar. Acho que estamos vivendo a geração de pais mais desesperados, inseguros e imaturos de todas. Ou não dão nada... o oferecem tudo em excesso. Criança também precisa ouvir não, precisa saber que a relação de pai e filho não é a mesma que de coleguinhas de escola. Eu vejo pasi fazendo mais birra do que os filhos, vejo filhos quase implorando por uma bronca... por um não... por uma palavra firme e um olhar certeiro. Criança tem nos pais a dimensão de segurança. Se os pais não têm segurança prá dizer um não aos filhos esses se vêm totalmente perdidos. E daí começam a série de traquinagens, palavrões, pirraças, comportamentos agressivos, olhares desafiadores. É a maneira que elas encontram prá chamarem a atenção dos pais, que só se movem quando o filho machuca ou faz alguma coisa muito grave. Então vêm as nomenclaturas tão equivocadas quanto o tipo de educação que os pais de hoje oferecem aos seus filhos. Se a criança é muito elétrica e agressiva ela é "hiperativa"... não é que ela não tenha a atenção devida, nem que ela não tenha espaço adequado para brincar e gastar energia, ou que ela passe o dia todo no computador ou na frente da tv, ou que assista as brigas e discussões frequentes dos pais, ou que não tenham com os pais a segurança de um "não" na hora que precisam.
Liberdade extrema, se mal colocada, prende muito mais do que um não bem usado.
Penso sempre na relação que tive com a minha mãe. Nunca levei um tapa e ouvi poucos "nãos"... mas sempre tive orientação na minha liberdade de escolha. Sempre ouvi as consequências que a minha escolha causaria... o que seria bom e o que seria ruim... e tive a opção de escolher se queria ou não aquele caminho. Sempre tive a paciência do "ouvir".. e olha que eu falo à beça... e fui uma criança daquelas que vão ao mercado vestidas de fada e se escondem nas araras de roupas para fugir do capitão gancho (que normalmente é a coitada da mãe que se divide entre as compras do mês e a procura pelo pentelho). Sempre pude contar com a presença dela nas minhas decisões, e nas suas consequências. Sempre ouve a cobrança pela boa nota, pelo respeito com os outros, pela tolerância com o diferente e pela postura nos lugares. Se aprendi bem eu não sei... mas tive e se segui por caminhos tortos foi por escolha e não por falta de orientação, segurança, carinho e atenção.
Observar os meus "filhos temporários", me faz pensar em que tipo de filho eu quero deixar para o mundo... e que tipo de mãe eu quero ser prá que isso não se torne desastroso. E eu descobri que quero ser uma mãe do tipo monitora de parque inflável!!!

Evoé!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Das Adaptações


Nesses últimos dois anos e meio eu tenho passado por várias coisas que fizeram com que eu tivesse que me adaptar e me readaptar a algumas situações. Umas foram fáceis, outras extremamente difíceis.
Primeiro tive que me readaptar a morar na casa dos pais, e por incrível que pareça é bem mais difícil do que sair. Reaprender a dar bom dia, a almoçar no horário, a dar satisfações, a não ser mais a visita sempre tão esperada.
Depois tive que me adaptar a ser namorada. Cuidar, zelar, respeitar, alegrar, às vezes sofrer um pouco. Me adaptar a avisar onde e com quem ia, a explicar quem era o amigo do facebook, a morrer de saudade, a ligar todo dia, a sorrir das bobeiras, a se encantar com o olhar, a ir a Limeira uma vez por mês. Me adaptar a dar e receber amor em troca, a abrir mão de certas coisas prá viver coisa maior. Tive que me adaptar a não sentir/demonstrar/querer aquele outro amor que há anos cuidava com tanta dedicação.
Veio também a morte do avô. Dolorosa, cofusa, turbulenta. Os seis meses sem teatro (que mais pareceram décadas, coisa vital que me é). Me adaptar à perda das duas coisas que mais me davam segurança: a proteção do meu avô e o meu amor ao teatro.
O susto passou, a dor também.
Precisei, então, me adaptar à faculdade e a frustração por não ser a Unicamp. Essa foi mais fácil. Amigos sempre ao lado, jantares com o Fá e a Ve, risadas, abraços, professores competentes, grade curricular bem planejada, trabalhos bacanas... passou voando e eu nem vi.
Me adaptei ao estágio e aos alunos (ou pelo menos tentei!). Oito meses depois, parido o resultado de dores e delícias, tive de me adaptar à saída do estágio e à ausência dos alunos.
Tempos depois e cá estou.
Me readaptando à vida de solteira (e como é difícil! Como tem sido difícil prá mim... embora surpreendente e divertido, mas doloroso e confuso!).
Tendo também que me adaptar à presença do padrasto em casa. Embora eu o adore... mas dividir o banheiro com um homem depois de uma vida inteira de toalhas sequinhas, chão limpinho, e tampas do vaso sanitário sempre abaixadas... é complicado!rs Vamos levando no bom humor.
E a mais linda, difícil, complicada, confusa, feliz e encantadora adaptação de todas... finalmente receber carinho de quem sempre amou. Receber afeto e afeição também é extremamente difícil quando não estamos acostumados, quando o que sentíamos antes era indiferença. Entender que agora pode ser mais leve e delicado é difícil. Me adaptar a não ter medo da partida, da repreensão pelo amor imenso e incondicional que não se pode conter.

A sensação é a de uma criança nos primeiros dias de aula.
Observo o território. Piso com cautela. Arrisco um olhar mais amigável. Me permito um sorriso, uma palavra mais espontânea. E logo menos a gente se adapta à adaptação!

"Aponta prá fé e rema!"

Evoé!... e que papai do céu me dê pés firmes prá seguir a caminhada.

Força e Coragem.

Vambora.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do Amigo



"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos .
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os."

(Vinícius de Moraes)


Aos meus amigos, que por ora se fazem poucos, alguns até mesmo ausentes, mas imensos na gratidão que lhes tenho, na importância que me fazem e no amor que lhes devoto!
Amigo é a família que a gente escolhe!
Evoé!!!

domingo, 17 de julho de 2011

Da Aprendizagem



Se eu pudesse resumir os últimos meses em uma única palavra seria APRENDIZAGEM! Uma aprendizagem intensa, por vezes dolorosa, mas essencial. Uma aprendizagem que veio da liberdade. Nunca me senti tão livre quanto nos últimos meses. É uma liberdade totalmente diferente da que eu sentia nos tempos de vida paulistana. Aquela outra era a liberdade física de estar longe dos olhos dos pais, liberdade de ir e vir, muito menos intensa e plena do que esta de agora. A liberdade que sinto agora é a de escolhas mais profundas, mais essenciais, mais inflexíveis e mais maduras. Liberdade de escolher caráter, opnião, companhia, conceitos, expressões, identidade. Liberdade de poder ser eu sem máscaras, sem medo, sem amarras, sem satisfações.

Aprender por essa liberdade está sendo uma das experiências mais profundas que já tive.

Por causa disso tudo tenho sentido vontade extrema de escrever... de escrever sobre tudo... sobre tanta coisa que as palavras se perdem e eu acabo não conseguindo escrever nada! Vamos com calma... começo é assim mesmo (deve ser!)... necessita calma, paciência, sossego.

Estou aprendendo a esperar o tempo que as coisas precisam prá se consolidarem. Uma planta não cresce da noite para o dia... precisa ser semeada, regada, cultivada com afinco para que gerar frutos consistentes. Quando cuidamos daquilo que queremos gerar com carinho e dedicação... um dia brota... isso vale pras coisas boas e para as ruins... então mais importante que aprender como cultivar eu estou aprendendo O QUE cultivar!!!

Estou aprendendo a rejeitar tudo aquilo que não me serve pro crescimento. Um não ao que prende os instintos, ao que moraliza, ao que preconceitua. Um não ao que machuca o outro, ao que agride, ao que maltrata, ao que causa dor e angustia, ao que se felicita com a ferida do próximo, ao que engana.

Descobrindo qual tipo de carater eu quero ter! E isso estou aprendendo principalmente observando atitudes que eu não quero ter!!! Eu não sei (e talvez eu nunca saiba) quem eu realmente sou em essência... mas estou descobrindo o que eu não sou (e nem quero ser) em caráter!

Aprendi que muitas vezes é preciso trocar de ares, reciclar o nosso ciclo de amizade, olhar para o lado (e prá cima e prá dentro principalmente), desapegar daquilo que não mais nos serve. Que algumas pessoas nunca vão compreender o que você pensa ou o modo com que você leva o mundo.... mas que se alguma delas não respeitar o que você pensa e o modo com que você leva o mundo... certamente não é alguém para se ter ao teu lado.

Eu descobri também que eu não preciso escolher extremos! Que eu posso ser um pouco calma e agitada algumas vezes. Que eu posso gostar de popular mas querer ouvir o erudito. Que eu posso preferir a noite mas querer aproveitar o dia. Aliás... eu estou aprendendo que eu posso querer!!! E que quando eu quero eu posso realizar...contanto que eu aja para que as coisas aconteçam e não pregue a bunda no sofá esperando o mundo dar um giro inteiro e jogar a oportunidade no meu colo enquanto assisto o programa do Faustão.

Estou aprendendo a lidar com a ausência, e também com a presença e com a saudade (que é a presença daquilo que está ausente, ou o contrário, ou mais).

Discernir sobre o que é bom ou ruim (não certo ou errado).

Aprendendo a me conformar com certas coisas que infelizmente têm de ser assim... mas também a "não acomodar com o que incomoda".

Coisas importantes que aprendi:

- A única lei que me rege é a de Newton (e que aquele lance de que "todo corpo tende a permanecer em repouso até que uma força o tire de tal situação" vale para qualquer tipo de força... desde um empurrão até uma vontade, um desejo, uma birra, uma pirraça). Do resto eu sigo o bom senso!

- A teoria da Relatividade é a única coisa não relativa nessa vida!

- Que as coisas são muito simples.. mas a gente gosta de complicar.


E estou aprendendo que a gente nunca para de aprender.

A vida é reticências, nunca ponto final






P.s: (pequeno desabafo madrigal) - Com tantos livros científicos/didáticos que tenho que ler (me tirando o encanto do romance, da ficção), com tantos textos objetivos e impessoais que tenho que escrever... a vontade de não ser tão pessoal por aqui escorre água abaixo!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Janta - Marcelo Camelo




Quando fala mais do que eu conseguiria escrever...


"Eu quis te convencer, mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente prá sentir saudade..."

...seguindo... =)

sábado, 2 de julho de 2011

Manifeste-se!!!


Contra Belo Monte (Morte)! Contra a extinção das nossas riquezas naturais! Contra a destruição dos povos indígenas do Xingu e comunidades ribeirinhas! A favor da vida! A favor da preservação e do respeito à cultura do nosso país!

Assine a Petição contra o Complexo Hidrelétrico Belo Monte:
http://www.avaaz.org/po/pare_belo_monte/


Sobre Cultura Indígena no Brasil:
http://www.kakawera.org/

Texto de Carlos Tourinho sobre o caso Belo Monte:
http://carlostourinhodeabreu.blogspot.com/2011/06/nacao-xingu-o-brasil-cada-vez-mais-se.html


Vambora!!!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Livros

Seguinte galera, estou vendendo uns livros que estavam aqui em casa parados ha muito tempo, mas em ótimas condições. Estão bem baratinhos quase de graça!rs Também aceito trocas... se alguém tiver algum livro bacana que queira trocar tmbém vale! =)
Seguem os nomes dos livros com os devidos autores e valores. Dá prá negociar preços também.
Vambora!

- Ficção:
1. Pássaros Feridos - Colleen McCullough [R$ 2,00]
2. Lucíola - José de Alencar [R$ 2,00]
3. A Cabana do Pai Tomás - Harriet Beecher [R$ 2,00]
4. O Garimpeiro - Bernardo Stowe Guimarães [R$ 2,00]
5. Um Caso de Família - Evelina Gramani Gomes [R$ 2,00]
6. Alucinado Som de Tuba - Frei Betto [R$ 2,00] - (Infanto Juvenil)
7. Um Cadáver Ouve Rádio - Marcos Rey [R$ 2,00] - (I.J)
8. Contos Históricos Portugueses - Vários Autores [R$ 2,00]
9. A Serra dos Dois Meninos - Aristides Fraga Lima [R$ 2,00] - (I.J)
10. A Ilha Perdida - Maria José Dupré [R$ 2,00] - (I.J)
11. Coração de Onça - Ofélia e Narbal Fontes [R$ 2,00] - (I.J)
12. Luzia- Homem - Domingos Olímpio [R$ 2,00]
13. Cabra das Rocas - Homero Homem [R$ 2,00]
14. O Gigante de Botas - Ofélia e Narbal Fontes [R$ 2,00] - (I.J)
15. Éramos Seis - Maria José Dupré [R$ 2,00]
16. O Mistério do Cinco Estrelas - Marcos Rey [R$ 2,00] - (I.J)
17. Meninão do Caixote - João Antônio [R$ 2,00] - (I.J)
18. Muito Além da Imaginação - Maria de Regino [R$ 2,00] - (I.J)
19. A Porta da Aventura - Teresa Noronha [R$ 2,00] - (I.J)
20. A Macaca Sofia - Ganymédes José [R$ 2,00] - (I.J)
21. Cantigas de Adolescer - Elias José [R$ 2,00] - (I.J - Poesia)
22. Harry Potter e A Pedra Filosofal - J.K Rowling [R$ 10,00] - (I.J)
23. O Tesouro da Ilha Doce - Isabel Vieira [R$ 2,00] - (I.J)
24. O Super Tênis - Ivan Jaf [R$ 2,00] - (I.J)
25. Vito Grandam - Ziraldo [R$ 5,00] - (I.J)
26. Devassando o Invisível - Yvonne A. Pereira [R$ 2,00] - (Espírita)
27. O Advogado do Diabo - Morris West [R$ 5,00]
28. Contos - Machado de Assis [R$ 2,00]
29. Arlequim - Morris West [R$ 5,00]

- Científicos/Didáticos/Interesse Geral -
1. Química Geral - I. M. Rozemberg [R$ 15,00] - Novo
2. Reconceituação do Serviço Social - Myrtes de Aguiar Macêdo [R$ 2,00]
3. O Maior Vendedor do Mundo - O. G. Mandino [R$ 2,00]
4. História da Riqueza do Homem - Leo Huberman [R$ 2,00]
5. Lei das Sociedades Por Ações - Ed. Brasiliense [R$ 3,00]
6. Contabilidade Bancária e Pública - Ed. Brasiliense [R$ 3,00]
7. Biologia Vol I - EDART São Paulo [R$ 2,00]

- Apostilas-
1. Coleção Inglês Et Home - 10 livros (faltando vol 1 e 11) - R$ 1,00 cada
2. 5 apostilas de Inglês (coleções variadas) - R$ 1,00 cada
3. Coleção de apostilas do Anglo (em perfeito estado - todas as matérias - leitura e atividades) - R$ 1,00 cada

Bom, é isso.
Preciso vendê-los até o final da semana que vem, então se alguém tiver interesse em algum livro me avisa que eu separo, pois no meio da semana tentarei vendê-los nos Sebos.
Quem quiser trocar livros também me grita! =)
Aquele Abraço,
Ju Andrade
(julianagda@yahoo.com.br)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

jtm*





Um dia me disseram "quando não souber o que falar, cale-se". Mas sempre fui teimosa e desobediente e dava mais ouvidos ao que as vísceras diziam do que aos conselhos de mamãe.


Então sempre que penso em escrever (falar com os dedos o que a boca não pode gritar) me deparo com a dificuldade do tema. Eu não sei escrever sobre o que está fora de mim, essa é a grande verdade. Li um texto de Caio Fernando Abreu hoje que dizia:

"Escuta aqui, cara, tua dor não me importa. Estou cagando montes pras tuas memórias, pras tuas culpas, pras tuas saudades. As pessoas estão enlouquecendo, sendo presas, indo para o exílio, morrendo de overdose e você fica aí pelos cantos choramingando o seu amor perdido. Foda-se o seu amor perdido. Foda-se esse rei-ego absoluto. Foda-se a sua dor pessoal, esse seu ovo mesquinho e fechado."

Me senti então um pouco Narciso debruçado sobre as próprias angústias sem sequer notar as terríveis tragédias do mundo.
Mas não sei escrever sobre o que está fora... a escrita salta de mim e, sendo assim, só pode vir de dentro prá fora. A técnica me falta, o mecanismo me falha, eu me arrebento as correntes e transbordo o que me transfigura.

Trago a tona todos os cliches e pieguisses que não se deve cometer na escrita. Pouco me importa.
Vem comigo uma felicidade boba e cruel de saber que o menino (na época de meninice) também se refugiava em meio aos livros, trancafiado na biblioteca quando a hora do recreio chegava. Temida hora do recreio com os moleques correndo, os olhares das meninas descobrindo-se mulheres, o cheiro da merenda entrando pelo nariz encardido de criança atentada. Nessa hora, enquanto todos se perdiam em meio as cordas, elásticos, bolas de capotão... o menino tambem sonhava com reinos encantados, sábios sabugos de milho e bonecas falantes. Talvez, enquanto eu me embrenhava nas águas claras da menina de nariz pequeno, ele estivesse encrencado com as aventuras de um outro menino de nome comum.
Mal sabia eu das semelhanças de outrora, tão encantada estava com os "meros devaneios tolos a me torturar".
A placa do carro da amiga berrava aos olhos o que o coração fazia calar há anos. Anos... é assustador pensar no tempo. Ele passa arrastado e vai levando as memórias todas... leva o amor e transforma ele nessa solidão fria e calculista que procura no outro a sua própria identidade.
Não consigo me atentar a forma do texto e as idéias se embaralham com a razão. Esqueço os pontos, as vírgulas, esqueço o travessão e os acentos todos. Despacho prá fora o que dentro já não cabe. As lembranças espremidas, o amor guardado, a declaração reprimida pelo medo de perder o que nunca teve.
Uma pequena caixa reune o que a memória guarda, desde o primeiro encontro (que não se pode chamar encontro, mas o início da série de coincidências que varia de uma troca de telefones a um parentesco inusitado - seria melhor chamar de acontecimento [?]). Um hibisco seco colhido em frente a pizzaria que já não mais existe (prova do tempo que vai apavorado e a gente nem vê), guardado junto ao embrulho laminado que um dia guardou as músicas do Mawaca. Conheci naquele dia, uma tarde costumeiramente acinzentada, de braços dados na Paulista. Tinha medo da cidade grande, tal qual bixo do mato, e eu... eu varava noite pela Augusta, conhecia cada viela, amanhecia na Vila Madalena, sem sequer lembrar que um dia viera do interior. Eramos diferentes nas nossas semelhanças. Tão parecidos na inconstância.
Foi embora assim que o amor despertou... e também todas as outras vezes. Ia embora sempre. Se esquivava do apego, do afago, do que o prendia ao outro. Eu, menina de coração afoito, seguia o rumo por direções contrárias tentando achar a parte da minha estrada no caminho dele. Ou o contrário. Nunca sabia ao certo se fugia ou corria ao encontro. Demorei tempo para entender que não queria esquecer e nem abdicar. Vivi as paixões derradeiras... todas... os amores definitivos... as trocas de olhares com olhos alheios aos dele. Besteira ou desespero. Passou como se passa tudo nessa vida. Ele ficou. Ele sempre ficava. Podia por vezes desaparecer... ia embora... partia sem olhar prá trás... mas sempre voltava. Nunca deixou de voltar... não alimentava mas também não desprezava o amor que lhe oferecia. Certa vez até permitiu-se ceder um afeto. Pão de queijo e café; teatro; subir a Augusta a pé; quase cair tentando levantar; pic nic na sala; outra vez despedida. Onibus da VB. Indas e vindas até partir novamente.
Foi viver em bonita ilha, ver mar azul e céu limpinho.
E eu fiquei construindo barquinhos, escrevendo em siglas, jogando mais uma partida sozinha, amando sem nada esperar. Feliz por ter saudade bonita e sentimento sublime.
A gente não precisa escrever clichés quando vive em um.
A minha dor não me pesa porque a alma transborda.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sobre o Encanto



Aquele olhar de margarida e sorriso leve no rosto fazendo brotar girassóis

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A Menina e o Vento - pequeno pensamento



Apruma o coração desordenado, menina. Segue o sopro do vento voa leve levinha na imensidão que é a alma da gente. Pega na mão do tempo que a vida passa.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Hoje eu quero sair só...



Sabe aquela vontade de acordar e dizer bom dia?
Aquela vontade de cortar o cabelo curtinho?
De sair por aí cantarolando Lenine?
De falar tudo o que quer sem pensar?
Aquela vontade de sair pela cidade sozinha?
Vontade de gritar no meio da rua?
Aquela vontade de se apaixonar pelo primeiro olhar que cruzar o seu?
Uma vontade de mandar o mundo se danar?
De tocar violão sem saber nenhum acorde?
Aquela vontade de mudar de casa, de cidade, de país, de planeta?
Uma vontade de ser humano, ser gente, de carne e osso?
Sabe a vontade que vem do nada de enfiar o dedo na tomada?
Vontade de ser vento?
Vontade de ir nadando até a ilha, ver se é bela?
A vontade que dá de ser essência?
Vontade de ser a mudança...
De ser primavera e não esse outono morno e sem graça. Sem vida. Ser sol no inverno e só no verão.

"Vai ver se eu tô lá na esquina, devo estar. A lua me chama e eu tenho que ir prá rua..."




*Voltando a ser!!!!!!

domingo, 1 de maio de 2011

Lenine - "É O Que Me Interessa"




"Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem.

Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa.

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa.

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa."



E depois da tempestade.. um outono suave prá por as coisas no lugar!

Põe o coração no prumo, menina... arruma um rumo prá caminhar!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Listas #2

Dos autores que eu leio. Que têm em suas palavras o que eu guardo dentro da alma:

1. Caio Fernando Abreu
2. Clarice Lispector
3. Manoel de Barros
4. Patativa do Assaré
5. Guimarães Rosa
6. Herman Hesse
7. Adélia Prado
8. Cecília Meireles
9. Hilda Hilst
10. Virgínia Woolf
11. João Cabral de Melo Neto
12. Mário Quintana




(Não necessariamente nessa ordem)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Caminho




"Viajo por muitas estradas. Trafego na tradição, no contemporâneo. Por onde ando, tudo que tenho vai comigo. Não tiro nada de lugar nenhum. Está tudo em mim. O que faço é por necessidade, desejo. É escolha."


Helder Vasconcelos

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Da Alma...



"Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas
mais que a dos mísseis.
Tenho em mim
esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância
de ser feliz por isso.
Meu quintal
É maior do que o mundo."
(Manoel de Barros)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Redescobrir....




"Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia

Como um animal que sabe da floresta, perigosa
Redescobrir o sal que está na própria pele, macia
Redescobrir o doce no lamber das línguas, macias
Redescobrir o gosto e o sabor da festa, magia

Pelo simples ato de um mergulho ao desconhecido mundo que é o coração.
Alcançar aquele universo que sempre se quis e que se pôs tão longe na imaginação.

Vai o bicho homem fruto da semente, memória
Renascer da própria força, própria luz e fé, memória
Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós, história
Somos a semente, ato, mente e voz, magia

Não tenha medo, meu menino povo, memória
Tudo principia na própria pessoa, beleza
Vai como a criança que não teme o tempo, mistério
Amor se fazer é tão prazer que é como se fosse dor, magia."

...

Redescobrir uma canção antiga, um gosto há muito esquecido. Redescobrir o amor há tanto descoberto. Redescobrir a palavra amiga. Redescobrir-se. Nada melhor.

Letra de Gonzaguinha na voz de Elis... toque de ciranda e melodia sublime... que beira o sagrado. Transborda.

Transbordo.

Redescubro-me.

Sou semente, ato, mente e voz. Magia!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Listas



Final/começo de ano é a época oficial das "LISTAS"! Todo mundo faz alguma lista de alguma coisa do que foi ou do que será. Não tem como escapar desse fato!
Pois bem... eu nunca parei para fazer uma lista!
Então resolvi aproveitar a deixa pra o cliché. Vou fazer uma lista também, por que não?
Mas vou fazer uma lista de que?
Pensei numa retrospectiva sobre 2010... mas me deu preguiça só de pensar.
Então pensei em diversas listas... dos meus filmes preferidos, dos livros, dos autores, das músicas, dos shows, de pessoas importantes, de peças de teatro... e cheguei a decisão óbvia.. começo de ano... lista de objetivos, claro! Se é para ser cliché... caprichemos, não é!? Mas para não ficar tão óbvio, os objetivos não são pro ano... são prá vida... melhor assim.
Mas como também gostei da idéia das outras listas, resolvi assim... uma vez por mes eu venho aqui deixar uma lista minha... até eu cansar, claro... o que pode ser na primeira lista... ou só lá pela décima... vamos ver.
Então vamos a ela... a lista... essa, de objetivos.

1. Concluir minha iniciação científica
2. Me formar!
3. Conseguir um estágio no Theatre du Soleil
4. Viajar pelo mundo
5. Mestrado
6. Doutorado
7. Casar com o Domingos (ounn rs)
8. Ser mãe
9. Publicar um livro
10. Manter as amizades verdadeiras
11. Conhecer de perto todas as manifestações populares brasileiras possíveis
12. Abrir uma ONG/ Espaço Cultural
13. Comprar uma casa
14. Dar aula prá faculdade
15. Criar um método de preparação de atores baseado em elementos da cultura popular brasileira
16. Trabalhar como atriz no Lume
17. Ser indispensável na vida de alguém
18. Morar numa aldeia indígena
19. Voar
20. Aprender a tocar flauta transversal


Ok... tem alguns meio piegas... mas os objetivos são meus, né! E sendo eu uma piegas incontrolável, não podíamos esperar menos! há
E que venham os anos todos... e os novos anos... e os novos objetivos... e as novas listas... e que venha o que me aguarda e todas as coisas que busco!

Evoé!!!

domingo, 16 de janeiro de 2011

2011



E mais um novo ano novo acaba de começar! Se bem que no Brasil, ano mesmo só começa depois do carnaval. Mas vambora... que esse ano já ta chegando cheio de coisas boas!
Eu sempre sumindo e voltando... vida de mambembe é assim mesmo!rs
2010 foi um daqueles anos bons de muita aprendizagem... e 2011 promete ser melhor.. que venha! E que seja doce!
E prá começar bem o novo ano do blog, deixo aqui uma música ("Aos Meus Heróis") de Julinho Marassi & Gutemberg... linda música com linda letra! Meus desejos musicais a 2011!
Que seja mais um ano de amor, amigos queridos, encontros memoráveis, aprendizagens inesquecíveis, trabalhos gratificantes, música boa, batucada, teatro, dança, cinema, arte, pessoas fantásticas e muita diversão... afinal, a gente tá no mundo é prá ser feliz!!!
Evoé!!!