quinta-feira, 25 de setembro de 2014

De Libra




Por ser de libra
a alma afoita
aflita
ama
grita
se entrega
tropeça
balança mas não cai
Por ser de libra
desencabeça
o mundo
a prosa
a poesia
Por ser de libra
ama
inflama
descabela
carrega o coração na mão
Mas meio áries não nega fogo
palpita
celebra
impulso vital
não pensa
não mede consequências
latência
brutal.
Livre
Libra voa
Não conhece o não
Talvez
Sempre sim
Hoje? Um vão.
Não sabe da gaiola a grade
Invade a vida como um clarão
É o cão que ladra e morde
Da morte só sabe o chão
Que despe o corpo
A alma, não.
Por ser de libra
é só afeto
Afaga o mundo
acolhe o amor
de tudo um pouco
todos e nenhum
Por ser de libra
só pode ser solta
só sabe dançar
só gosta do muito
só conhece o mais
Tem Venus regendo
Corpo manda
Pensamento em exaustão
Sonha o impossível
Faz e acontece
se estrepa
se arruma
se enfeita
Libra não usa colírio nem óculos escuro
Equilibra as virtudes
Ama sem medida
Não sabe escolher entre Maria ou João
Libra ama
Pouco?
Não!

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