quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

.Quando a alma pede...

Aconteceu então o encontro tão esperado. Se encontraram na rodoviária... entre tantas vidas indo e vindo foram se encontrar. Encontro das almas que já não podiam mais esperar, dos corpos que precisavam de saciar essa vontade do outro, dos olhares que finalmente se cruzaram, encontro da vontade que se tinha de encontrar!
Primeiro vem a ansiedade da espera, o estalar dos dedos a esperar o próximo, o friosinho na barriga de se saber o que vem depois do estalo. Depois são os olhos.. miúdos... pequeninos... assim com um brilho que não os cabem, de encontro aos dela foi como se o mundo girasse em rotação máxima numa velocidade maior que a da luz! Então finalmente o abraço. Sentir o corpo tímido do primeiro (primeiro?) encontro... o abraço que cabe tão bem (como se fossem feitos um para o outro!), apertado como a saudade que fazia apertar o peito.
Mãos dadas com o carinho de querer por perto o que antes era distante.
Andaram pela cidade como fazem os casais de namorados que passeiam sem pensar nos ponteiros do relógio.
Descobriram-se um tanto mais, descobriram-se um no outro.
Disseram coisas bonitas, bobeiras (des)necessárias... Depois o silêncio que cala o outro. O silêncio que falando tão pouco diz tão mais sobre o que se sente.
O colo que afaga o corpo, o coração, a alma.
Essa alma que pedia por afeto.... a alma que pedia por outra alma para juntas dividir.

E quando chegou o momento, novamente, de se despedirem e levarem consigo as lembranças bobas e bonitas do dia em que o encontro se deu!, essa alma desvairada fez o peito se apertar num tanto de doer, fez a saudade reaparecer e a vontade de ter perto o outro aumentar.
Entrou no ônibus com os olhos serenos de homem feito (tão menino pro carinho seus!), ela ficou a esperar-lhe despedir-se.... com a boca calada enquanto o peito gritava em desespero pela volta do que nem ainda havia se ido.

Foi-se. Ela também foi. Levou consigo os segundos todos em que o corpo se aproximou como a alma já havia feito. Levou a vontade do próximo encontro. Levou o cheiro, o gosto do beijo, os gestos todos.

E agora a espera do novo... a vontade que vai crescer cada dia seguinte a esse.... as conversas que se seguirão... a saudade boa de se sentir!

Corto o ponto final
Fico com as reticências
Foi bonito e assim será

(...)

2 comentários:

Sandra Alves disse...

Ju!
Que lindo, que delícia, que encanto!
Amei tudo por aqui, acostume-se com a minha visita!
Beijo na alma

Amanda Pereira disse...

Jujess.
Faz tempo que não declaro minha comparecência, mas sempre dou uma olhadela nos teus espaços..
Sempre lindo lindo lindo como essa postagem!!

Bjões!!